
O bom equipamento não faz um fotógrafo
A câmera fotográfica não faz nenhuma diferença. Qualquer uma delas pode gravar o que você está vendo. A parte importante é ver.
“A câmera fotográfica não faz nenhuma diferença. Qualquer uma delas pode gravar o que você está vendo A parte importante é ver.” Essa frase foi dita pelo fotógrafo austríaco – estadunidense Ernst Haas, que ganhou fama mundial por suas experimentações com fotografia colorida, ainda nos anos 50. Durante a história da fotografia, o debate acerca do seu valor artístico perdurou por décadas. Com todo o aparato tecnológico necessário ao ofício e as constantes melhorias no mercado fotográfico, tanto na qualidade dos filmes analógicos quanto das câmeras, a controvérsia devido a forte relevância de equipamentos de qualidade para a prática fotográfica aumentou.
No início, a fotografia foi intimidadora aos artistas “analógicos”, que temiam a hierarquização das formas de expressão artística. Com o tempo, foi natural perceber que a arte coexiste em suas diferentes formas, renovando-se numa fluidez inesgotável que atende a criatividade humana da melhor forma, independentemente do crescimento do meio digital na arte. Hoje, o debate se renova ao que realmente importa para o exercício fotográfico, é o equipamento?
Hoje, a grande maioria dos aparelhos celulares possui câmeras de boa qualidade, então seria esse o fim da fotografia para poucos? A democratização da tecnologia a tornaria banal enquanto campo profissional? É fácil responder essa pergunta ao observar a importância que profissionais da fotografia continuam a ter na mídia e redes sociais. É verdade que cada vez mais pessoas começam a explorar a fotografia e desenvolver um olhar fotográfico aguçado, afinal, a prática é essencial para qualquer expressão artística.
Apesar disso, a qualidade de equipamentos não é métrica para a fotografia de qualidade, assim como possuir esses aparatos não faz com que alguém seja, necessariamente, um bom fotógrafo. A importância da valorização dos profissionais de fotografia está aí, na valorização, não da qualidade técnica, mas do potencial criativo, sensibilidade, inovação, capacidade de direção e no estilo pessoal, que imprime a identidade de cada fotógrafo.
Hoje, mais do que nunca, é importante perceber que fotografar e ser um bom profissional de fotografia é um investimento constante, não apenas em equipamentos de alto nível, mas principalmente em prática, formação profissional, bagagem artística, captação contínua de referências e tudo que envolve o processo criativo numa era de alto fluxo de conteúdo visual.

Álbum fotográfico digital x álbum fotográfico em papel. Qual a diferença?
O hábito de colecionar momentos registrados pelas câmeras é antigo. Quem nunca passou horas na casa dos pais ou dos avós vendo fotos antigas e se divertindo com as memórias eternizadas naquelas imagens?
Criar álbuns fotográficos é muito importante para perpetuar recordações, fases e épocas, registrando desde os eventos mais importantes de uma família, como formaturas, aniversários e casamentos, até os momentos mais corriqueiros, como almoços de domingo e brincadeiras no quintal.
Diferentes formatos
Com o passar do tempo e todo o avanço tecnológico disponível, os álbuns fotográficos deixaram de ser apenas impressos, passando a existir também na forma digital, em diferentes configurações. As opções são inúmeras, como os fotolivros online, por exemplo, que nada mais são do que uma versão digital dos álbuns impressos.
A experiência tátil
A grande diferença está na conexão e na experiência proporcionada por cada tipo de formato. Para muitas pessoas, nada substitui a sensação de folhear um álbum impresso, de ter um registro físico e tátil de suas memórias e de poder entregar na mão de outras pessoas aquela versão impressa de momentos importantes que foram dignos de serem fotografados.
Compartilhamento
Hoje em dia, com a popularização da fotografia através de smartphones, por exemplo, as pessoas produzem muito mais registros o tempo todo e os compartilham com muito mais facilidade e rapidez do que antigamente. Porém, ao mesmo tempo em que se fotografa mais, se arquiva estes registros com menos preocupação, por conta do volume de dados acumulados.
Sendo assim, muitas fotos acabam ficando guardadas na memória de dispositivos digitais, como HDs externos, por exemplo, sem nunca chegarem a estampar de fato um álbum fotográfico ou um porta-retratos sequer.
Falhas tecnológicas
Outro fator que pode ser considerado um contra em não criar álbuns impressos, é o fato de que computadores estragam, dispositivos digitais se perdem e sistemas de compartilhamento de arquivos falham, portanto os registros digitais podem acabar se perdendo com o tempo.
No final, é tudo uma questão de escolha
É claro que a tecnologia veio para somar e continua trazendo inúmeros benefícios e avanços, não apenas no meio fotográfico, mas em todos os aspectos e é muito importante saber utilizar todas as suas potencialidades. Porém, existem coisas que não podem ser substituídas pela tecnologia, como é o caso de uma boa reunião de familiares e amigos em torno de um álbum de fotos cuidadosamente selecionado para eternizar os melhores momentos e cliques da sua vida.

A fotografia como arte
Você não tira uma foto, você cria uma foto
Fotografar é a arte de captar e eternizar um fragmento do espaço-tempo, criar narrativas, registrar emoções, momentos e histórias de gerações, uma após a outra. Quando observamos uma fotografia, aquilo que vemos, o resultado final, é muito mais do que um simples click. Além da história que ela conta e as emoções que causa, ela carrega todo o conhecimento, experiência, sensibilidade e particularidades do fotógrafo que a criou.
O registro não depende apenas do lugar, contexto ou da pessoa fotografada. É o resultado de toda a bagagem e a forma de enxergar o mundo que o fotógrafo traz consigo e expressa em seu trabalho. Mais do que o equipamento, o verdadeiro instrumento utilizado nessa arte é o olhar do profissional. Esta ferramenta faz toda a diferença e revela os detalhes mais preciosos, muitas vezes não observados por olhares menos atentos.
O fotógrafo é capaz de identificar e captar os melhores momentos e as emoções mais genuínas, transformando a fotografia em muito mais do que um simples registro, em um instrumento de eternizar emoções.
Não importa a finalidade, fotografia é arte
A fotografia carrega um grande poder de informar e guardar memórias. Não é a toa que cresce cada vez mais a quantidade de profissionais apaixonados pelo ofício e dispostos a dedicarem suas vidas a essa arte.
Paralelamente, cresce também a admiração e reconhecimento da importância da fotografia na vida das pessoas, que passam a contratar profissionais para registrar todos os momentos e fases mais importantes de suas jornadas.
A cultura dos ensaios
Além dos eventos mais tradicionais como casamentos, aniversários e formaturas, criou-se uma cultura de registrar ensaios diferenciados relacionados a essas datas, como pré-wedding, smash the dress, newborn, smash the cake, entre muitos outros, que possuem uma proposta de registrar momentos e fases importantes de forma espontânea e divertida. Além, é claro, de ensaios femininos, muitas vezes com uma proposta mais sensual e de empoderamento, como, por exemplo, os ensaios boudoir.
Fotografia é emoção
Independente da proposta e da finalidade, a fotografia é uma expressão artística e é o olhar do profissional que dá vida aos registros, possibilitando o despertar de uma série de emoções.